sexta-feira, 27 de julho de 2012


“Só ligue se tiver vontade, só venha se quiser me ver. Mentir é pura vaidade de quem precisa se esconder. Se não sabe se afaste de mim, se ainda cabe, me abrace, enfim…”


-- Nando Reis

quinta-feira, 26 de julho de 2012


“Que eu continue com vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida. Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que com as voltas do mundo eles vão indo embora de nossas vidas. Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas mesmo sabendo que muitas delas são incapazes dever, sentir, entender ou utilizar essa ajuda. Que eu mantenha meu equilíbrio mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos. Que eu realimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto sucesso e a alegria. Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo. Que eu pratique mais o sentimento de justiça mesmo em meio à turbulência dos interesses. Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia. E acima de tudo que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida criada por alguém bem superior a todos nós! E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e sim nas pequenas parcelas cotidianas de todos nós.”

-- Chico Xavier.

quarta-feira, 18 de julho de 2012



“Perfeito é o que eu vou construindo, um passo na frente do outro. Muitas vezes, pra alguns, ando pra trás. Mas sempre achei que de vez em quando a gente recua pra ir mais adiante. É recuando que consigo ter uma visão do horizonte. É vendo o horizonte que descubro exatamente pra onde quero ir. Vou, mas levo comigo minhas palavras. E você, é claro. Se não quiser se perder de mim, vem junto, dá a mão. Mas entenda que de vez em quando vou desabafar assim, eu e minhas crises existenciais. Eu e minhas idealizações enterradas ali mesmo, do outro lado da rua. E a vida ali, através da vidraça, me convidando para uma risada larga e escandalosa.”

-- Clarissa Corrêa


sábado, 14 de julho de 2012

E nós nunca nos entenderemos. Assim como talvez nem cheguemos a dar certo. Brigamos por nada, e nunca sobra tempo pra conversar, nunca irá confiar em mim, e eu não terei segurança em você. Discutiremos como namorados, mas sem beijos no final, conciliaremos sem palavras clichês, sem muita falação, nossos olhos falaram por nosso orgulho, e compreenderíamos. Logo começaria tudo de novo. Não aceitaria meus vícios, e eu não os seus. Você terá planos nas sextas, e nós nos sábados no domingo estaríamos cansados demais para sair, ficaremos em casa assistindo a TV, como se estivéssemos prestando atenção, mudará de canal constantemente, e eu me irritarei. Tentara me ofender jogando na minha cara meus erros, e eu lembrarei todos os seus, andaremos na rua um distante do outro, todos olharíamos a nós, e pensaríamos que fossemos loucos, chegaríamos à conclusão que somos diferentes demais para tentar ficar junto. Terminaremos, e tentaríamos seguir sem o outro. Você achará um que agrade mais do que eu, que faça tudo que manda, anda com você pegado na mão, nunca brigam e todos acharam o casal perfeito. Eu vou achar alguém que saia comigo, e que aprenda a conviver com o meu ritmo, e não reclamaria quando estaria cansado demais para lavar a louça. Nos seus dias não vai ter mais aquele que ligava toda hora pra certificar se ainda estava bem, que avisava que chegaria tarde a casa por causa de um imprevisto no trabalho, não terá que ficar acordada esperando que eu chegasse para jantarmos juntos, será somente a vida que você sonhou, mas sem aquilo que você sempre queria, e só eu te dava, o amor que você tanto duvidava. Sentirá um vazio como eu sentirei, estaríamos compartilhando nossos sonhos longes um do outro. O tempo estará passando rápido demais para tentarmos mudar o onde levamos, pensaríamos que podia ter suportado um pouco, “lutado”. Poderia ser assim. Talvez não cheguemos a dar certo, pode ser esse o nosso percurso, eu esperaria o seu sim, para mudar toda minha vida por você, não quero um poderia, eu quero passar minha vida com você, não quero acabar com uma vida infeliz, não quero fingir que estou bem, não quero uma vida fácil, onde tenha tudo que eu quero, eu quero uma vida com você, e seus desafios. Sofreremos, mas um dia orgulharíamos de nos mesmos quando contarmos a nossos filhos como éramos infantis. Nos conhecemos assim, sem algum propósito, e terminamos loucamente, viciados no outro. Eu não me importo em ter que mudar pra ser uma pessoa melhor pra você, desde que você prometa ficar junto a mim.

-- Sam

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Daí você ouve aquela música e desaba. Desaba porque, sem tampouco rancor, você lembra do seu pretérito, imperfeito, talvez. E você sorri. Um riso misturado com um choro, me compreende? Você sorri por lembrar de fatos tão emocionantes que vivenciou, não é?! Mas também, sempre tem aquelas lembranças amargas que nos faz chorar. Mas afinal de contas, aqui entre nós, como dá saudade!

-- Bruno Rosa

quarta-feira, 4 de julho de 2012

— Amor, você acha algum homem mais bonito do que eu?
— Sim. Na minha sala tem o Paulo, é um dos meninos mais desejados da faculdade, acho ele lindo.
— É? Vai pro sofá Julia.
— O que? — Ela ri.
— Você não entendeu? Vai dormi no sofá.
— E desde quando a mulher que dorme no sofá?
— A casa é minha, esqueceu?
— Não seja por isso Pedro, to indo pra casa.
— Não.
— Você é louco? — Ela ri.
— Não, você não vai pra casa. Quem me garante que você não vai pra casa do Paulo o bonitão da sua sala?
— Não sei onde ele mora. — Ela faz cara de triste.
— Quer dizer que se você soubesse, você iria? 
— Talvez.
— Talvez?
— É, talvez. 
— Liga para alguma amiga sua e pergunta o endereço.
— Não tenho bônus para ligar Pedro.
— Te empresto meu celular, quer?
— Sério?
— Não.
Ela fica em silêncio.
— Julia.
— O que Pê?
— Por quê ainda está aqui?
— Não sei o caminho pra casa do Paulo.
— Idiota.
— Você está com ciúmes?
Ele fica em silêncio.
— Responde Pedro, você está com ciúmes?
— Não.
— Então você não iria se importar se eu fosse para casa do Paulo né?
— Eu sei que você não iria.
— Quem te garante?
— Bom, se fosse para você ir, você já não estaria mais aqui e sim lá.
— Só não estou lá, porque não sei o endereço, vou para o sofá e amanhã procuro me informa onde é a casa dele e vou para lá.
— Tudo bem Julia, boa noite.
— Boa noite Pedro.
Ela fica em silêncio.
Ele vai para o quarto.
— Pedro. — Ela grita. — Pedro, me responde.
— O que foi Julia? Estava dormindo.
— Deita aqui comigo.
— Chama o Paulo.
— Viu, você está com ciúmes.
— Ah Julia, não quero discutir isso, já está tarde.
— Ok, mas deita aqui comigo.
— E o Paulo?
— Eu não quero o Paulo, eu quero o Pedro.
— Mas o Paulo é mais bonito?
— Não. — Ela ri. — Não tem nenhum Paulo na minha sala e mesmo se tivesse, eu prefiro você.
— Idiota. Por quê você mentiu?
— Adoro ver você com ciúmes.
— Não aguentaria te ver com outro Julia.
— Você nunca vai ver, serei sempre sua.
— Para sempre?
— Para sempre meu amor. Agora deita aqui comigo no nosso sofá. — Ela ri.

Você fica tão lindo com ciúmes, mas vem cá, deita aqui comigo no nosso sofá pra gente fica se amando até o dia clarear.