segunda-feira, 18 de setembro de 2017

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O teu cheiro ainda está em mim e cada vez mais me sinto como uma parte extra de mim mesma ao seu lado. A rotina vem trazendo a paz. De um lado o desejo, ardente, intenso, do outro a inquietude da vida, as dúvidas, o remorso. Teria mesmo o fim para isso? ou seriamos tolos de acreditar nas nossas infinitas forças humanas. A paz de imaginar além de tudo isso trás-nos a tona para a superfície, ao passo de que muitas vezes não sabemos nadar. A correnteza é forte e a profundeza do desejo é além do que se pode controlar muitas vezes. Não seria ao menos o certo termos algumas certezas? Cada passo nessa escuridão de inseguranças nos torna fracos e ao mesmo tempo fortes, não há explicação, mas não há entrega total, nunca houve de verdade. Somos fracos de não perceber a insignificância do superficial perante a plenitude do nosso ser abstruso. Há mistérios atrás das nossas tranqueiras jamais desvendados nas curvas deste rio que somos nós. Não há senão um outro caminho a percorrer além daquele em que caminha nossos pés. Disso tudo já sabemos mas vedamos os olhos para imaginar a real beleza do amanhã no agora.

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